
6 Dicas para renegociar as dívidas e organizar sua vida financeira
Aproximadamente 6 em cada 10 famílias no Brasil possuem dívidas. O país nunca teve um número tão alto de pessoas inadimplentes. Atualmente, “nome sujo na praça” não é “privilégio” de poucos, a quantidade de pessoas com problemas financeiros é equivalente a população da Itália, quase 64 milhões de brasileiros. Diante deste cenário, todo este volume de pessoas deveria saber como renegociar as dívidas.
Ter contas atrasadas tira o sono de qualquer um, não é fácil passar o dia recebendo ligações, sms, e e-mails de cobrança, muito menos viver com o nome negativado. Não ter acesso a crédito neste cenário econômico que nos encontramos, torna ainda mais difícil de reestruturar as finanças, muita gente está no “zero” e a bola de neve só aumenta.
Para sair desta situação, é preciso se informar e aprender como renegociar as dívidas. Por isso, neste post separamos 6 dicas para que você possa organizar suas finanças, quitar suas dívidas e recuperar a integridade de seu nome. Boa leitura!
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O primeiro passo para renegociar as dívidas é avaliar sua situação
Antes de efetivamente renegociar as dívidas é preciso direcionar esforços em seu planejamento financeiro para conseguir reestruturar seu orçamento, afinal, não é possível pagar nada sem dinheiro e, crédito, provavelmente ninguém irá oferecer, caso isso aconteça, pode estar certo de ter que pagar anos de parcelas de empréstimos com juros altíssimos.
O primeiro passo para avaliar sua real situação financeira é colocar no papel todos os rendimentos de seu lar: salários, rendas extras e os outros rendimentos das pessoas que participam nas contas na casa/empresa.
Após isso, é o momento de anotar todas as suas despesas fixas, variáveis (água, energia elétrica, combustível, alimentos, etc.), dívidas em aberto, as multas e juros por atraso. É importante entrar em contato com o banco e seus credores para levantar o valor atualizado de suas dívidas.
Saiba exatamente o quanto está devendo!
Após avaliar sua situação, você estará ciente do quanto está devendo, entretanto, para renegociar as dívidas é preciso saber o valor original (sem o juros adicionado) delas, que deve ser obrigatoriamente informado pelo credor. Aproveite seu contato com ele e peça também a Memória de cálculo, que é descrição detalhada de como a dívida chegou ao valor atual.
Com essas informações em mãos você tem as primeiras cartas para renegociar as dívidas e restabelecer as finanças.
Defina o quanto e como você pode pagar
O foco desta empreitada é se livrar das dívidas, não é mesmo? Com os valores dos rendimentos, gastos e dívidas originais e memória de cálculo em mãos, é possível determinar o quanto poderá ser direcionado às contas em atraso e o valor limite a ser gasto.
Em hipóteses alguma, assuma um compromisso de pagamento superior a sua realidade. Entre em contato com os credores e informe seu interesse em quitar os débitos, faça propostas à vista e não deixe de pedir desconto. Você pode fazer as seguintes perguntas:
- Qual será a porcentagem de desconto sobre a dívida total?
- Qual a melhor oferta para pagar a vista?
- Qual o percentual de juros e o valor total se pagar parcelado?
- Após concluir a negociação qual o tempo para regularizar minha situação?
É interesse falar o quanto pretende pagar e como pode, pois em alguns casos o valor total e as parcelas podem ser flexibilizados. Não deixe de oferecer em primeiro lugar, pagar o valor original da dívida.
Dê prioridade às dívidas mais altas
Apesar de parecer bem lógico “matar” as pequenas dívidas, as que possuem maior taxa de juros geralmente se tornam uma bola de neve, como as dívidas de cartão de crédito ou cheque especial.
Por isso, se estiver “enrolado” com o banco procure quitar primeiro suas dívidas com ele, pois este tipo de situação no início parece ser tênue, entretanto é a principal causa do endividamento no Brasil. Além disso, se tudo estiver ok com o banco é ele quem possivelmente irá disponibilizar crédito para quitar as outras dívidas.
Depois do banco, direcione o foco nas contas de consumo que podem interromper serviços importantes para casa e depois para os financiamentos que podem chegar a penhora de bens.
Se a renegociação não evoluir procure por portabilidade de crédito
Se seus planos e esforços não estão sendo o suficiente para pagar as dívidas, mesmo após renegociadas, você tem a opção de transferi-las para outros agentes financeiros, ou seja, realizar a portabilidade de crédito.
Esta é uma forma dos consumidores obterem vantagens ao transitar de um banco para outro. A portabilidade pode ser pedida a qualquer momento, não existe um requisito obrigatório, é um processo gratuíto e o consumidor tem seus direitos protegidos na operação. Para fazer isso, é preciso estar mediante a um cancelamento de contrato e quitação antecipada da dívida no banco que está sendo deixado.
Entretanto, é preciso estar ligado nas condições oferecidas pelo novo banco, não realize a portabilidade a qualquer momento e nem de cabeça quente. Peça por simulações, análise as taxas de juros de todas as instituições que ofereçam este serviço para depois fechar negócio.
Não caia na roubada de fazer novas dívidas
Você já deve ter percebido o sufoco que é para sair das dívidas, não é mesmo? Porque então entrar em outras?
Depois de conseguir renegociar as dívidas é a hora organizar sua vida financeira. Por isso, esteja atento e evite armadilhas que possam te endividar.
Aproveite que anotou todos os seus gastos e rendimentos e continue praticando o hábito, isso te ajudará a controlar as contas e não ficar mais no vermelho. Avalie os valores e procure sempre reduzir seus gastos para poder acumular um capital destinado a cobrir eventualidades indesejáveis ou quem sabe até para investimentos futuros.
Com essas 6 dicas você provavelmente conseguirá renegociar as dívidas e evitá-las. Se quiser aprender mais sobre estratégias financeiras, gestão de negócios e muito mais, continue no blog!