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Inseguranças entre empreendedores: aprenda a driblar

Atualizado em 06 de setembro de 2022

A imagem do empresário ousado e sempre confiante são características que marcam biografias de grandes ícones.

Porém, na realidade, não é bem assim que as coisas funcionam.

O medo de fracassar gera inúmeras inseguranças entre empreendedores e empresários.

Afinal, ninguém é de ferro e empreender sempre vai resultar em pressão, preocupações e riscos.

Não há como se esquivar dessa parte desconfortável do empreendedorismo. Porém, é possível ter ciência desses desafios e investir em preparo — não só financeiro e técnico, mas, principalmente, emocional.

O consultor de negócios, Adriano Nodari, aponta alguns desafios e inseguranças entre os empreendedores e dá dicas importantes para superar essas situações adversas. Veja seus comentários a seguir.

1. Instabilidade financeira

Vale a pena abandonar a estabilidade de um emprego fixo para apostar no próprio negócio? Essa é uma dúvida que frequentemente atormenta os empresários iniciantes, segundo o consultor.

“Muitas vezes não é viável abrir mão do emprego fixo. A dica é tentar conciliar ambas as tarefas no início. O mais importante é investir em conhecimento em áreas como gestão e planejamento do próprio negócio, para que a segurança venha a partir desses pilares”, argumenta Nodari.

Após o preparo e conhecimento adquirido sobre o negócio e todos os pilares necessários, você vai se sentir mais seguro para apostar nas suas ideias e sonhos.


Leia também: Como avaliar os riscos de um negócio e tomar as melhores decisões?


2. Medo de não ter clientes

Certamente, uma das principais inseguranças entre empreendedores é o medo de não ter clientes.

Claro, esse receio é válido. Afinal, é preciso que todo o esforço, tempo, dedicação e capital investido sejam convertidos em vendas para que o empreendimento se justifique.

Logo, se não houver um número significativo de pessoas dispostas a pagar pelo produto ou serviço oferecido, não importa o quão genial é a ideia do negócio, o empreendedor não atingirá seu objetivo.

Às vezes, quando os clientes não aparecem, bastam alguns ajustes para mudar o cenário.

Por exemplo, é possível que a ausência de interesse, por parte dos consumidores, seja resultado de uma estratégia de marketing inadequada.

Dessa forma, é preciso identificar a origem do problema e tentar contorná-la. Essa situação faz parte do dia a dia de empreendedores — portanto, acostume-se com ela e não desanime diante dos primeiros desafios.

Em outras circunstâncias, o problema com as vendas pode ser mais complicado. Existe a possibilidade de você acreditar que seu produto/serviço era uma solução pela qual muitas pessoas procuravam. Mas, quando lançou sua ideia no mercado, percebeu que suas expectativas não estavam de acordo com a realidade.

Como afirma o consultor Adriano Nodari, para evitar esse tipo de frustração, é fundamental que você se dedique a pesquisar, a fundo, seu público-alvo.

É fato que todo empreendedor precisa lidar com riscos. No entanto, os riscos precisam ser calculados. Ou seja, você deve saber onde está pisando — e não se aventurar, com base em “achismos”.

Realize pesquisas minuciosas. Dedique-se a conhecer seus potenciais clientes tanto quanto se dedica a cuidar da qualidade de seu produto ou serviço. O sucesso nas vendas depende desse equilíbrio.

3. Despreparo gera insegurança

Como pensam as pessoas seguras e de onde surge esse comportamento?

Não existe, na verdade, nenhum segredo. A segurança é gerada através do preparo e dedicação aos propósitos do negócio.

Segundo Nodari, quanto mais conhecimento sobre o setor no qual se pretende investir, noção sobre planejamento estratégico, gestão de pessoas e setores essenciais para um negócio de sucesso, maior será o alicerce para as tomadas de decisões.

“O que muitas vezes ocorre é que, no embalo de ter o próprio negócio, a ansiedade prejudica boas ideias. O erro é pular etapas e preparos que serão essenciais para o seu negócio se estruturar no mercado”, orienta o consultor.


Leia também: Veja as 5 principais dificuldades na gestão de uma empresa.


Não tenha medo da concorrência
Estude seus concorrentes, mas não permita que esse conhecimento o intimide.


4. Medo de não ser bom o suficiente

O perfeccionismo pode ser a origem de muitas inseguranças entre empreendedores. E essa situação não é nada incomum!

Podemos, inclusive, apontar o perfeccionismo como responsável pelo fracasso de uma série de negócios — muitos dos quais, jamais saíram do papel.

Exatamente! A insegurança quanto ao que se tem a oferecer pode ser um entrave tão significativo que acaba por impedir que o empreendedor desenvolva suas ideias. Assim, ele protela o início do negócio, até que tudo esteja “perfeito”.

Tenha cuidado! Timing é extremamente importante para que qualquer negócio prospere.

Se você identifica uma oportunidade de negócio hoje, não espere que a “hora perfeita” se apresente para, então, começar um planejamento concreto. Cedo ou tarde, outra pessoa tem uma ideia similar à sua e você perderá a vantagem competitiva que havia identificado.

Entenda, não estamos sugerindo que você deva empreender sem estar preparado! Ao contrário, é preciso aproveitar o tempo para se preparar — e não para empilhar obstáculos, que o mantenham longe da ação.

Ser bom o suficiente é uma ótima medida. Tentar ser perfeito é o que atrapalha a sua trajetória.

Tenha em mente que buscar excelência, qualidade, aprimoramento é muito diferente de ser perfeccionista. O perfeccionismo conduz à procrastinação. Já a busca por excelência o motiva enquanto você avança — uma etapa de cada vez.


Leia também: Canvas: como esse método pode ajudar a ver novas oportunidades.


5. Renda incerta

Ter o próprio negócio vai exigir muita flexibilidade, pois nem sempre é sinônimo de altos salários. Por vezes, a renda pode até ser inferior ao que o empreendedor costumava ganhar no seu trabalho fixo.

De acordo com pesquisa realizada pela Endeavor, em parceria com o Ibope Inteligência, na qual foram entrevistadas 3 mil pessoas — incluindo empresários já experientes, potenciais empreendedores e empregados — 30% dos participantes apontaram a incerteza financeira como a principal causa da insegurança.

Nodari argumenta que, de fato, é viável permanecer com os “pés no chão”, sobretudo nos primeiros anos do negócio.

“Estudar o mercado e fazer um planejamento estratégico é imprescindível. Esse passo a passo é muitas vezes ignorado pois, infelizmente, o brasileiro ainda acredita que para empreender basta ter o dinheiro e uma ideia”, alerta.

O consultor ressalta que o modelo de gestão e empreendedorismo está se transformando, ano após ano, e rapidamente. Como exemplo, Nodari cita as empresas exponenciais e startups.

“Pesquise todos esses mercados, esteja por dentro de novos formatos de trabalho e procure inserir o seu negócio nesse cenário”, orienta.


Leia também: O que são empresas unicórnio? Entenda esse modelo de startup.


6. Medo da concorrência

Estude seus concorrentes. Perceba o que os destaca no mercado. Avalie o que os clientes falam sobre os produtos ou serviços de seus competidores. Respeite (e admire) os méritos das empresas “rivais”. Mas não permita que esse conhecimento o intimide.

Seria um grande erro sugerir que você ignore a concorrência — como se isso pudesse ajudá-lo a vencer essa grande fonte de inseguranças entre empreendedores.

É preciso manter os olhos abertos, estar bem-informado, pois conhecer o mercado (e isso, sem dúvida alguma, inclui seus concorrentes) é sua obrigação como empreendedor.

Porém, conhecer a concorrência é diferente de ficar obcecado por ela.

Seu foco deve ser sempre o cliente.

Você não faz o que faz para superar seus competidores. Você faz o que faz para garantir que seu cliente esteja satisfeito, que tenha seus problemas e necessidades resolvidos a partir do que você tem a oferecer.

Quando você estabelece um foco no cliente, em vez de tentar vencer a concorrência, os diferenciais de seu negócio podem prosperar.

Vamos pensar num exemplo prático, para ilustrar a ideia.

Digamos que você esteja abrindo uma pizzaria. Em sua análise da concorrência, você encontrou estabelecimentos diversos e filtrou todos os pontos fortes que encontrou. Dentre eles, você observou o ambiente, o cardápio variado, as embalagens de delivery fantásticas. Agora, ao se comparar com seus competidores, você chega à conclusão de que precisa fazer investimentos significativos para ser ainda melhor do que eles, se quiser atrair clientes.

No entanto, em vez de tentar superar sua concorrência naquilo que ela oferece de melhor (o que, convenhamos, pode ser muito difícil no início de um negócio), você poderia ter observado, com mais atenção, as experiências que seus clientes não encontram nas pizzarias rivais. Assim, em vez de destinar boa parte de seu investimento para criar embalagens incríveis, você poderia descobrir que seria mais vantajoso abrir seu estabelecimento no dia ou horário em que seus concorrentes estão de portas fechadas.

Lógico, esse é apenas um exemplo fictício. Mas é possível que você já tenha presenciado pessoas reclamando que várias pizzarias não atendem no horário de almoço, não é mesmo?

Considere a voz de seu público-alvo como norte de suas estratégias.

Aprenda com a concorrência. Mas evite se tornar uma cópia do que já existe.


Leia também: 8 atitudes para conquistar a confiança do cliente.


Para empreender é necessário trabalhar em equipe
Empreender é saber trabalhar em equipe.


7. E se tudo der errado?

O medo de fracassar é outra insegurança entre os empreendedores iniciantes.

Pensar positivo vai resolver? Também! Mas, como em todos os desafios, ser estratégico pode ajudar ainda mais.

É impossível fugir de certos compromissos quando se quer investir no próprio negócio.

O consultor Adriano Nodari explica que, culturalmente, o brasileiro costuma “elitizar” o empreendedorismo. Mas a gestão está presente em nossas vidas cotidianas. Vão ocorrer mudanças de cenário, jamais de compromissos, riscos e até perdas.

“Não se decide da noite para o dia abandonar o emprego fixo e ter o próprio negócio, justificando que é mais interessante, rentável ou porque não aguenta mais ser subordinado. O empresário, como em qualquer outra profissão, precisa do tino empreendedor e não deve desprezar o conhecimento”, ressalta.

O gestor de negócios afirma que, muitas vezes, as falhas vão ocorrer, como em qualquer experiência. No entanto, tais falhas são essenciais para que o aprimoramento exista.

“Se atuar com racionalidade, logo se percebe que tudo na vida é um investimento. Tudo é uma aposta e nada — nem situação alguma — nos trará um retorno garantido apenas porque queremos. Mas, como vamos gerir a situação, faz toda a diferença”, esclarece.


Leia também: Características do empreendedor: comportamentos que ajudam a empreender.


8. Imaturidade emocional reflete nos negócios

Esteja preparado para aguentar pressão, trabalhar até dez vezes mais e depender da sua equipe.

Ninguém empreende sozinho.

É comum que as pessoas caiam na ilusão de que ter o próprio negócio é o modelo perfeito para quem gosta de estar à frente de tudo, é arrojado e autoritário. Não acredite nisso!

Pessoas que ainda pensam assim podem se decepcionar, garante o consultor.

“Empreender é saber trabalhar em equipe. O empresário que não tiver espírito de liderança vai precisar desenvolver essa habilidade com urgência”, afirma.

“É preciso rever certos comportamentos, ter disciplina e saber lidar com competências diferentes das suas. Se você é um funcionário difícil, que só enxerga o próprio ponto de vista, e muitas vezes se mostra imaturo (independente da idade), você terá como barreira o seu desequilíbrio nas relações”, salienta.


Leia também: Gestão por competência: seleção e treinamento com foco na estratégia e resultados.


Bom, já vimos que o capital é mais uma ferramenta que vai facilitar a abertura do seu negócio. Porém, a permanência no mercado vai depender da sua postura, compromisso e maturidade para que o seu sonho decole.


Outros textos que podem te ajudar:

Venda valor, não preço: entenda a prática desse conceito em um negócio.

Precificação de serviço: o que é preciso saber para calcular seu preço de venda.

Abrir um negócio com pouco dinheiro: fique por dentro de boas ideias.


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