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“Empresário cidadão”: responsabilidade social nas pequenas empresas

Pensar em impactos socioambientais e ter atitudes positivas para o desenvolvimento da sociedade é um ato de cidadania. A responsabilidade social nas pequenas empresas é praticada por meio de atitudes nobres. Com pouco ou nenhum investimento financeiro, o seu negócio pode beneficiar àqueles que mais precisam.

Embora estejamos acostumados com a participação de grandes potências nessa atividade, como a Natura, Itaú, Ambev e outras, independente do tamanho do  negócio, é possível encontrar uma série de benefícios ao incluir no planejamento a responsabilidade social.

É possível pensar em estratégias criativas de como sua empresa pode contribuir para o desenvolvimento. Um aluno da Universidade de Brasília, Bruno Quintas, dedicou a dissertação de mestrado na análise das pequenas empresas que praticavam a responsabilidade social em suas rotinas.

Os resultados chamaram bastante atenção, mostrando que não só as grandes potências investem nesse tipo de causa, como também há motivação para os pequenos negócios. Das 294 pequenas empresas participantes do estudo, 82% dedicavam-se às atividades sociais.

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De acordo com o consultor empresarial, Adriano Nodari, negócios que são ativos em ações de cunho social incorporam na cultura da empresa atitudes positivas, inspiram funcionários, além de beneficiar a população carente.

“Pensar em negócios que tragam benefícios sociais é uma conduta necessária ao meio em que vivemos. A sustentabilidade, muito além de uma tendência, é um tema sério, amplo e que requer responsabilidade e conscientização”, diz.

 Exemplos em responsabilidade social para pequenas empresas

As ações nem sempre custam investimento financeiro. Boa vontade, muitas vezes, é o recurso necessário para inserir a responsabilidade social para pequenas empresas.

Na tese de mestrado de Quintas, por exemplo, cita uma iniciativa do cabeleireiro Aldemir Taylor. Do sertão do Ceará, o empresário veio para capital de Brasília aos 18 anos em busca de oportunidade de emprego.

Conseguiu montar o seu próprio salão de beleza e dedicava alguns dias para cortar cabelo de crianças e jovens carentes da comunidade. A ideia foi transmitida para a ASP Beleza e tornou-se um projeto social amplo que inclui doações de salões de beleza associados e grupos de profissionais que se reúnem regularmente para cortar cabelos. Além disso, a ONG apresenta dicas de vestimenta para entrevistas de emprego, distribui sopas e donativos àqueles que mais necessitam.

“Práticas sociais devem ser incluídas no planejamento estratégico. Não só no benefício fiscal, pensar que a sua empresa pode mudar vidas e consequentemente, tornar o mundo um pouco melhor, são iniciativas inspiradoras e que transcendem o modo de fazer negócios”, argumenta o consultor.

Como as práticas sociais podem beneficiar a cultura da empresa?

Funcionários mais felizes e motivados

Trabalhar num ambiente em que existe a preocupação social motiva o grupo a oferecer o seu melhor ao próximo, são exercícios que promovem não só o crescimento profissional, como também o pessoal;

Existem evidências cientificas de que o altruísmo ativa no cérebro neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar. Incentivar essa atitude na empresa promove satisfação e prazer ao fazer parte de uma equipe que contribui para o bem social.

Marketing em ação

A solidariedade e a preocupação socioambiental tem sido um dos investimentos em publicidade mais aplicados nos últimos anos. O consultor de negócios explica que o pensamento sustentável faz parte do planejamento estratégico não só das grandes empresas.

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Para o exercício sustentável ter impacto social é preciso trabalhar as ferramentas de divulgações. “A comunicação interna e externa é essencial. É preciso manter a equipe engajada e transmitir a prática para a sociedade através da divulgação estratégica”, acrescenta.

Como sua empresa pode inserir práticas sociais e sustentáveis?

  • Apoio à comunidade local;
  • Contratação de mão de obra local;
  • Práticas sustentáveis internas: consumo de energia, água, coleta, troca consciente dos equipamentos, descarte de lixo, etc;
  • Apoio e engajamento da equipe em prol de atitudes solidárias;
  • Patrocínio/apoio em eventos sociais e culturais;
  • Investimento na preservação de espaços públicos

Negócios com foco em vidas e um mundo melhor

A degradação do meio ambiente e a consciência sobre a desigualdade social inspiram empresários a tornarem negócios em  ferramentas de grande impacto às necessidades do mundo. No Brasil, de acordo com o Sebrae, existem cerca de 98,5% microempresas no país com faturamento de 4,8 milhões ao ano.

O consultor empresarial ressalta que antes de investir no próprio negócio é preciso refletir sobre os benefícios sociais desse trabalho, muito além do óbvio que é gerar emprego. “A responsabilidade social tem inicio a partir dos aspectos internos como a cultura organizacional, assim como a atenção e o respeito a todas as pessoas envolvidas”.

Nodari ressalta sobre os direitos da equipe e a importância de construir um espaço transparente, no qual os envolvidos tenham orgulho de vestir a camisa. “Esse é o início da revolução social e ambiental. Se a sua empresa está nesse caminho, prossiga”, conclui.